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Significados – de contadores de histórias a alquimistas

Nada tem, em si mesmo, qualquer significado inerente. 

Tudo é uma construção da nossa personagem, das narrativas que contamos sobre nós mesmos.

Estas histórias estão embebidas em crenças e convicções. 

Aquilo que acreditamos ser verdade, é tão forte que categorizamos, hierarquizamos, organizamos tudo o que nos rodeia nessa nossa escala de valores. 

Tudo é uma questão de percepção. Do lugar onde nos encontramos, não conseguimos alcançar o Todo, apenas percebemos uma pequena parte e, a partir dessa ínfima amostra, construímos a história de quem achamos que somos. Criamos conceitos, identificamo-nos com eles, atribuímos significados, valor a tudo o que conseguimos percepcionar com os nossos sentidos. Generalizamos. E, através dessa percepção, posicionamo-nos na nossa própria narrativa da vida.

Não temos o que queremos, mas sim, aquilo que somos.

Assim, tudo aquilo que experienciamos é mais e mais daquilo em que acreditamos. Pois os nossos sentidos fecham-se para a possibilidade de outras alternativas. E o Universo, fiel à frequência por nós emanada, envia-nos mais eventos alinhados com esse mesmo nível de consciência.

Manifestamos aquilo que vibra na mesma frequência do nosso Ser, pois o que está fora é uma confirmação do que está dentro.

Quando nos prendemos a convicções de que é assim que as coisas são, de que a lógica assim dita, estamos a limitar a nossa capacidade de experienciar a vida no seu potencial mais elevado. Estamos a negar infinitas possibilidades de abundância. Muitas vezes, fazemo-lo ao negar a nós mesmos a possibilidade de sermos felizes, de termos uma vida mais leve, livre, plena, porque não nos permitimos, não nos achamos merecedores. Mas afinal, o que é isso de não ser merecedor?

Fomos enviados para este maravilhoso Planeta pela fonte que criou tudo o que existe com eximia perfeição e delicadeza, incluindo a nós próprios. Nada foi deixado ao acaso. Há um perfeito equilíbrio entre toda a criação. Tudo é uma extensão do Todo. 

Tudo existe para que o Todo se possa experienciar ao mais ínfimo detalhe através de todas as suas múltiplas extensões, atribuindo-lhes para isso, uma consciência. E é isso que nós somos, consciência divina a viver uma experiência na matéria. 

Então, porque escolhemos acreditar que “não somos merecedores” quando estamos aqui para experienciar a maravilha da criação?

Porque escolhemos identificarmo-nos com as situações, com as coisas, com toda a informação limitada e distorcida que nos chega de fora através dos nossos sentidos?

Quando paramos de nos identificar com o que se passa lá fora e não atribuímos significado a nada, isto é, as coisas deixam de ser boas ou más, caras ou baratas, bonitas ou feias, etc. para ressoarem ou não connosco. E, quando ressoa, quando enche o nosso coração de alegria, não há qualquer dúvida de que é para nós.

Quando nos colocamos numa perspectiva de neutralidade face a tudo o que acontece, abrimos espaço para escutar com o coração e sentir se aquilo que vemos refletido fora ainda existe dentro de nós. E, caso exista, há que passar de contador de histórias a alquimista e acolher essa memoria, esse sentimento, observá-lo com distanciamento, com neutralidade e libertá-lo ao compreender que não precisamos mais dele, que não está a ser uma contribuição positiva para o nosso bem-estar e para a nossa vida em geral.

Estamos aqui para experienciar. O bom, o belo, seja lá o que isso for para cada um de nós, não passam de conceitos. O que sempre nos guiará rumo ao que é melhor para cada um de nós, no seu processo individual, é a verdade do que sentimos no nosso coração. E, partindo desse lugar de amor, só podemos fazer escolhas felizes. Escolhas que acrescentam a nós e ao que nos rodeia. Escolhas que nos nutrem. Escolhas que trazem alegria para a nossa vida, devolvendo-nos a nossa liberdade, leveza e plenitude.

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